quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012




Bom dia,
O próximo evento que acontecerá no Centro espírita Lar de Jesus, será a nossa Confraternização e Chá de Cozinha juntos!! Desde já, sintam se convidados.
Quem tiver interesse em presentear o Lar de Jesus, mande um e-mail para: celarjesus@gmail.com/sociallardejesus@gmail.com
que enviaremos a lista de presentes.
Fiquem com Deus.
EVANGELIZAÇÃO INFANTIL, MOCIDADE ESPÍRITA, GRUPO DE PAIS E ESDE !


 COLABORE COM A TAREFA DE JESUS – EVANGELIZE SEUS FILHOS
ESTAREMOS INCIANDO NA TARDE/NOITE DO PRÓXIMO DIA 10 DE MARÇO, NOVAS TURMAS DE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL, MOCIDADE ESPÍRITA E GRUPO DE PAIS, NAS CONDIÇÕES ABAIXO:
·      EVANGELIZAÇÃO INFANTIL: DE 03 AOS 12 ANOS
INICIO: 10 MARÇO – 16:30 HORAS

·      MOCIDADE ESPÍRITA: DE 13 AOS 21 ANOS
INICIO: 10 MARÇO – 19:00 HORAS

·      GRUPO DE PAIS – QUALQUER IDADE
INICIO: 10 MARÇO – 16:30 HORAS.

·                    ESDE 1 – QUALQUER IDADE
INICIO: 10 MARÇO – 16:30 HORAS.
COLABORE COM A TAREFA DE JESUS – ESTUDE O EVANGELHO

EXPOSIÇÃO DO EVANGELHO - MÊS DE MARÇO DE 2012


- 01 Mar 2012 - 5ª Feira
       - BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS
       -  Expositor: Sousa - Dirigente: Graça;

- 06 Mar 2012 - 3ª Feira
       - DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE
       - Expositor: MARKO GALLENO - Dirigente: Clemilton;

- 08 Mar 2012 - 5ª Feira
       - BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS
       - Expositor: SOUSA - Dirigente: Debora;

- 13 Mar 2012 - 3ª Feira
        - O JUGO LEVE - Expositor: ARISTIDES
        - Dirigente: Sousa;

-15 Mar 2012 - 5ª Feira
        - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS - Expositor: ADELQUIS
        - Dirigente: João Crisostomo;

-20 Mar 2012 - 3ª Feira
        - PERDA DE PESSOAS AMADAS - MORTES PREMATURAS
        - Expositora: NORMA SALES - Dirigente: Sousa;

-22 Mar 2012 - 5ª Feira
        - O ESPÍRITO EM BUSCA DE PAZ - Expositora: VALDEREZ
        - Dirigente: Elzer Cordeiro;

-27 Mar 2012 - 3ª Feira
        - AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
        - Expositor: ELZER CORDEIRO - Dirigente: Valderez;

-29 Mar 2012 - 5ª Feira
        - BEM-AVENTURADOS OS QUE TEM PURO O CORAÇÃO
        - Expositora: ROSELANE - Dirigente: Polyanna.
IRMÃOS PROBLEMA


Muitos companheiros da convicção espírita costumam afirmar que:
Estudando as lições da consangüinidade, não olvides o irmão problema que te associa ao roteiro nas provações da família.

É o velhinho entregue à caducidade celular, reclamando tolerância e carinho, pela inconveniência das manifestações em que se desequilibra.

É o doente cronificado, exigindo compaixão e devotamento no leito a que se recolhe.
É o obsidiado imerso em profundas perturbações, pedindo caridade para que se lhe atenue o padecimento.
É a criança retardada, solicitando ternura a fim de cumprir a pena redentora a que se impôs na Vida Espiritual, para ressarcir os débitos que lhe oneram o campo íntimo.
É o delinqüente abatido, que requisita abnegação para que se lhe soergam as forças no trabalho da regeneração e da cura.
Decerto, muitas vezes, desejarás o asilo para o ancião, o hospital para o enfermo, o sanatório para a cabeça demente, a casa de reajuste para a criança infeliz e o presídio para o companheiro que se arrojou às obscuridades do crime, contudo, não te esqueças de que o irmão problema é alguém que chega de longe, a reaproximar-se de ti, no instituto genético para que, na partilha do mesmo sangue, se consagre contigo ao pagamento das dívidas que ainda te enodoam também os passos perante a Divina Justiça.
Lembra-te de semelhante realidade e tanto quanto possível abraça nele a obra de teu próprio burilamento, na certeza de que auxiliá-lo a desenfaixar-se das teias da sombra é levantar a ti mesmo para a bênção da luz.
Emmanuel - Do livro: Juntos Venceremos, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
20 ENSINAMENTOS DA DOUTRINA ESPIRITA



1 – Integra você no conhecimento de  sua posição de criatura eterna e responsável, diante da vida.
2 – Expõe o sentido real das lições do CRISTO e de todos os outros mentores Espirituais da humanidade,
      nas diversas regiões do planeta.
3 – Suprime-lhe as preocupações originárias do medo da morte, provando que “ela” não existe!
4 – Revela-lhe o princípio da reencarnação, determinando o porquê da dor e das aparentes  desigualdades sociais.
5 – Confere-lhe forças para suportar as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a você que o  instrumento físico nos reflete as condições ou necessidades do espírito.
6 – Tranquiliza você com respeito aos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária  regeneração.
7 – Demonstra-lhe que o seu principal  templo para o culto da presença Divina é a consciência.
8 – Liberta-lhe a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa.
9 – Elimina a maior parte das preocupações acerca do futuro além da “morte”.
10 – Dá-lhe o conforto do intercâmbio com os entes queridos, depois de desencarnados.
11 – Entrega-lhe o conhecimento da Mediunidade.
12 – Traça-lhe providência para o combate ou para a cura da obsessão
13 – Concede-lhe o direito à fé raciocinada.
14 – Destaca-lhe o imperativo da caridade por dever.
15- Auxilia você a revisar e revalorizar os seus conceitos de trabalho e tempo.
16 – concede-lhe a certeza natural de que se beneficiamos ou prejudicamos alguém, estamos beneficiando ou prejudicando a nós próprios.  
17 – Garante-lhe serenidade e paz diante das calúnias ou das críticas.
18 – Ensina você a considerar adversários por instrutores.
19 – Explica-lhe que, por maiores que sejam as dificuldades exteriores, intimamente você é livre para melhorar ou agravar a própria situação.
20 – Patenteia-lhe que a fé ilumina o caminho, mas ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo suas obras pessoais.
 André Luiz

“A maior caridade que podemos fazer em relação à DOUTRINA ESPÍRITA é a sua divulgação”. - Emmanuel
PALESTRA PÚBLICA - Mês de Março

- 02 Março de 2012 - 6ª Feira - 19:00h
   - EM BUSCA DA AUTENTICIDADE - Expositor: MARKO GALLENO;
- 09 Março de 2012 - 6ª Feira - 19:00h
    - CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES - Expositor: MARCELO SANTOS;
- 16 Março de 2012 - 6ª Feira - 19:00h
    - AS MULHERES DO EVANGELHO - Expositora: GUANA
- 23 Março de 2012 - 6ª Feira - 19:00h
    - EM BUSCA DA FELICIDADE - Expositor: LINDON JOHNSON
- 30 Março de 2012  6ª Feira - 19:00H
    -  A MENSAGEM DA IMORTALIDADE - Expositor: JOSELITO VERISSIMO.
BENEFICIOS PAGOS COM A INGRATIDÃO


    
        

Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de beneficios que fizeram, deixam de praticar o bem para com os ingratos?
     Nesses, há mais egoísmo do que caridade, visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na humildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que pratica não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aquele que não a busca no mundo.
     Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizeste o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficiado vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes sejais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem. 
     E sabeis, porventura, se o beneficio momentaneamente esquecido não produzirá mais tarde frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é uma semente que com o tempo germinará. Infelismente, nunca vedes senão o presente; trabalhais para vos e não pelos outros. Os beneficios acabam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; desejará reparar a falta, pagar a divida noutra existência, não raro buscando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o suspeitardes, tereis contribuido para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um beneficio jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressadamente e sem que as decepções vos desanimassem.
     Ah! meus amigos, se conhecesseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências anteriores; se pudesseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um progresso mútuo, admirarieis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele. - Guia protetor. (Sens, 1862) - ESE - Cap XIII, item 19.


O ODIO

           Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Tomai sobretudo a peito de amar os que vos inspiram indiferença, ódio ou desprezo. O Cristo, que deveis considerar modelo, deu-nos o exemplo desse devotamento. Missionário do amor, ele amou até dar o sangue e a vida por amor. Penoso vos é o sacrificio de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrificio é que vos torna superiores a eles. Se os odiásseis, como vos odeiam, não valerieis mais do que eles. Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradavel aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio. e bem a lei de amor mande que cada um ame indistintamente a todos os seus irmãos, ela não couraça o coração contra os maus procederes; esta é, ao contrário, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto, durante a minha última existência terrena, experimentei esta tortura. Mas Deus lá está e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Não esqueçais, meus queridos filhos, que o  amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele. ESE - Fénelon. (Bordéus, 1861).
ESE, Cap XII, item 10.
As três revelações: Moisés, Cristo, Espiritismo.

 Instruções dos Espíritos: A nova era.

       Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: - porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto. (S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.)

Moisés
 
      

 Na lei moisaicas, há duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.
A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros.
- Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano. (¹)
II. Não pronunciareis em vão o nome do Senhor, vosso Deus.
III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
V. Não mateis.
VI. Não cometais adultério.
VII. Não roubeis.
VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.
X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.

É de todos os tempos e de todos os países essa lei e tem, por isso mesmo, caráter divino. Todas as outras são leis que Moisés decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir autoridade às suas leis, houve de lhes atribuir origem divina, conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava apoiar-se na autoridade de Deus; mas, só a idéia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes, em as quais ainda pouco desenvolvidas se encontravam o senso moral e o sentimento de uma justiça reta. E evidente que aquele que incluíra, entre os seus mandamentos, este: “Não matareis; não causareis dano ao vosso próximo", não poderia contradizer-se, fazendo da exterminação um dever. As leis moisaicas, propriamente ditas, revestiam, pois, um caráter essencialmente transitório.

O Cristo
 
    

    Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens.
Por isso é que se nos depara, nessa lei, o principio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. Quanto às leis de Moisés, propriamente ditas, ele, ao contrário, as modificou profundamente, quer na substancia, quer na forma. Combatendo constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, por mais radical reforma não podia fazê-las passar, do que as reduzindo a esta única prescrição: "Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo", e acrescentando: aí estão a lei toda e os profetas.
Por estas palavras: "O céu e a Terra não passarão sem que tudo esteja cumprido até o último iota", quis dizer Jesus ser necessário que a lei de Deus tivesse cumprimento integral, isto é, fosse praticada na Terra inteira, em toda a sua pureza, com todas as suas ampliações e conseqüências. Efetivamente, de que serviria haver sido promulgada aquela lei, se ela devesse constituir privilégio de alguns homens, ou, sequer, de um único povo? Sendo filhos de Deus todos os homens, todos, sem distinção nenhuma, são objetos da mesma solicitude.
         Mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos. Entretanto, não disse tudo, limitando-se, respeito a muitos pontos, a lançar o gérmen de verdades que, segundo ele próprio o declarou, ainda não podiam ser compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos implícitos. Para ser apreendido o sentido oculto de algumas palavras suas, mister se fazia que novas idéias e novos conhecimentos lhes trouxessem a chave indispensável, idéias que, porém, não podiam surgir antes que o espírito humano houvesse alcançado um certo grau de madureza. A Ciência tinha de contribuir poderosamente para a eclosão e o desenvolvimento de tais idéias. Importava, pois, dar à Ciência tempo para progredir.

O Espiritismo
 
         O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e, por isso, relegados para o domino do fantástico e do maravilhoso. E a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e dai vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxilio da qual tudo se explica de modo fácil.
         A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento tem-na no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários. É, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo espiritual, cada um dos quais traz o tributo de suas luzes aos homens, para lhes tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera.
          Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra.
KARDEC, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap I – Itens 1 a 6; 112ª Edição FEB - Trad: GUILLON RIBEIRO
Os bons espíritas


   


         Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo conduz forçosamente aos resultados acima exposto, que caracterizam o verdadeiro espírita como o verdadeiro cristão, pois que ambos são a mesma coisa. O Espiritismo não cria nenhuma moral nova; apenas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, facultando uma fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.
            Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não compreendem as suas conseqüências, nem o seu alcance moral, ou, se os compreendem, não os aplicam a si mesmos. A que se deve isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, visto que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é da sua própria essência e é isso que constitui a sua força, porque vai direto à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de nenhum segredo oculto ao vulgo.
            Será então preciso, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, porque se vêem homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmos, mal saídos da adolescência, lhe apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Isso resulta de que a parte por assim dizer material da ciência requer somente olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar de maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é inerente ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encarnado.
            Em algumas pessoas, os laços da matéria são ainda bastante tenazes para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; o nevoeiro que os envolve tira-lhes toda a visão do infinito, razão pela qual eles não rompem facilmente com os seus gostos, nem com seus hábitos, não compreendendo que haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Para eles, a crença nos Espíritos é um simples fato, mas que pouco ou nada lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra, não percebem mais do que um raio de luz, insuficiente para guiá-los e lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de vencer as suas inclinações. Prendem-se mais aos fenômenos do que à moral, que lhes parece banal e monótona. Pedem incessantemente aos Espíritos que os iniciem em novos mistérios, sem procurar os segredos do Criador. São os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam diante da obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que compartilham de suas fraquezas ou de suas prevenções. Entretanto, a aceitação do principio da Doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, em outra existência.
            Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina a matéria de modo mais completo, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar as fibras que nos outros se conservam inertes. Numa palavra: é tocado no coração, daí por que é inabalável a sua fé. Um é como o músico, a quem bastam alguns acordes para comover, ao passo que o outro apenas ouve sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, desde que tenha firme a vontade.
Fonte: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap XVII, item 4.
Não vaciles!


 




"Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." - Jesus. (Jõao, 8:31-32.)
     A humanidade terrestre já perpassou vários séculos de existência em sua caminhada ascendente rumo à evolução.
     Paulatinamente cursou o oceano do tempo, trabalhando na aquisição de seu aprendizado intelectual e na assimilação das virtudes indispensáveis ao melhoramento de seu patamar moral.
     São as "duas asas" tão faladas pela Doutrina Espírita, a "asa" do conhecimento e a "asa" das boas qualidades, condutoras à meta maior do amor.
     Entretanto, não raro o ser humano trafega pela estrada da vida como viajante descuidado, desperdiçando benditas oportunidades de trabalho no bem, buscando insensatamente isentar-se das responsabilidades que sua razão e sua condição de Espírito encarnado lhe impões.
     Ele segue indiferente, sem ver "com olhos de ver", os irmãos que andam a seu lado, muitas e muitas vezes tão necessitados de seu auxilio... ou, envolto no manto da acomodação, crendo ser seu corpo físico algo que só a ele pertence, dedica-se a desfrutar da existência neste planeta como se ela fosse indestrutível...
     Um engano, que já lhe trouxe muitas desilusões e dores...
     Retiremos as escamas do orgulho e do egoísmo que ainda nos sombreiam o olhar e atentemos às mensagens repetidas dos queridos benfeitores do Plano Maior, enviados de Jesus que, seguidamente, nos conclamam ao entendimento e à ação adequada efetiva.
     Portanto, devemos meditar sobre os esclarecimentos que já possuimos, estabelecendo uma conversa com nós mesmos.
     Homens, Espíritos imortais que vagueias nas plagas da veste fisica, abre teus olhos e vê:
     - a bênção que é, para ti, o vaso de carne que envolve a flor do teu Espírito, desabrochando para a perfeição!
     -  a misericórdia do Pai, que te permite essa nova romagem terrena, a fim de que repares erros cometidos no pretérito!
     - a responsabilidade que é tua, diante das dificuldades da vida neste orbe, muitas delas, aliás, escolhidas por ti mesmo antes da imersão na veste somática!
     - os deveres que te cabem na evolução e desenvolvimento da magnifica obra do Criador!
     - a lição de amor que o doce Rabi da Galileia trouxe a seus irmãos, esclarecendo e exemplificando como chegar até o Pai!
     - a realidade da vida após a suposta "morte"!
     Vê, enfim, que és bendito entre os benditos, pois já te sabes filho do Deus amantíssimo e misericordioso!
     Os doces embaixadores do Mestre seguem nos alertando, nesta época de transição do planeta, consequente da transformação íntima dos Espíritos que o habitam:
     Não vaciles!
    Não retardes na tarefa a cumprir!
    Não te conserves na retaguarda da estrada a seguir!
    Não duvides do amparo constante dos Trabalhadores do Cristo!...
    Irmãos, não podemos mais alegar ignorância, nem deixar-nos entregar ao acomodamento e à indiferença criminosos.
    Caminhemos decididos, portando em nossas mentes, em nossos corações e em nossas mãos o sublime estandarte do amor, o qual, se vivenciado, conduzir-nos-á aos braços do Pai, Doador da Vida de todo o Universo.
    Sigamos em paz, com a consciência tranquila pelo esforço dispendido nesse "bom combate" rumo à perfeição e à plena felicidade!
     Este é o nosso bendito destino!


IVONE MOLINARO GHIGGINO - Reformador / Fev 2012  
ANTE O DIVINO SEMEADOR



 


"Ouvi: eis que saiu o semeador a semear..." - Jesus (Marcos, 4:3)
     Jesus é o Semeador da Terra e a Humanidade é a Lavoura de Deus em Suas Mãos.
     Lembremo-nos da renùncia exigida à semente chamada à produção que se destina ao celeiro para que não venhamos a sucumbir em nossas próprias tarefas.
     Atirada ao ninho escuro da gleba em que lhe cabe desabrochar, sofre extremo abandono, sufocada ao peso do chão que lhe esmaga o envoltório. Sozinha e oprimida, desenfaixa-se das forças inferiores que a constringem, a fim de que os seus principios germinativos consigam receber a bênção do céu.
     Contudo, mal se desenvolve, habitualmente padece o assalto de vermes que lhe maculam o seio, quando não experimenta a avalancha de lama, por força dos temporais.
     Ainda assim, obscura e modesta, a planta nascida crê instintivamente na sabedoria da natureza que lhe plasmou a existência e cresce para o brilho solar, vestindo-se de frondes tenras e florindo em melodias de perfume e beleza para frutificar, mais tarde, nos recursos que sustentam a vida.
     A frente do semeador sublime, não esmoreças ante os pesares da incompreensão e do isolamento, das tentações e das provas aflitivas e rudes.
     Crê no Poder Divino que te criou para a imortalidade e, no silêncio do trabalho incessante no bem a que foste trazido, ergue-te para a Luz Soberana, na certeza de  que, através da integração com o amor que nos rege os destinos, chegarás sob a generosa proteção do Celeste Pomicultor, à frutificação da verdadeira felicidade.


Emmanuel/Chico Xavier