sábado, 31 de março de 2012


Prece Espírita Allan Kardec







A PRECE É :

..um apoio para a alma; contudo não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. (ESE, cap. 5, ítem 8)

... ato de caridade, é um arroubo do coração. (ESE, cap. 26, ítem 4)

... uma invocação mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. (ESE, cap. 27, ítem 9)

... o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. (ESE, cap. 27, ítem 23)

Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor. (Gênese, cap. 14, ítem 46)

A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele, é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer. (LE, cap. 3, questão 659)

Oração não é palavra, é sentimento. Um olhar da alma, fixo no céu, vale mais que mil rosários rezados rotineiramente. (Amélia D.Sóler, Fragmentos das Memórias do Padre Germano, cap. 6)

 

 

 

O Desencarne de Allan Kardec

     Na manhã do dia 31 de março de 1869, retorna para o Plano Espiritual, Hippolyte Leon Denizard Rivail (1804-1869), ALLAN KARDEC, o Codificador da Doutrina Espirita.
     Trabalhou incansavelmente para cumprir com a sua gloriosa missão: materializar a promessa de Jesus de "... Eu pedirei ao Pai e Ele vos mandará um outro Consolador...".  Fato este que vem ao mundo no dia 18 de abril de 1857 com o lançamento de O Livro dos Espíritos.
     A Doutrina Espirita, o Consolador Prometido por Jesus, vem consolando milhões de pessoas que aprende que somos Imortais e que teremos o Consolo de uma nova oportunidade.
     Obrigado Senhor Jesus por ser o nosso MODELO E GUIA.
     Obrigado Allan Kardec pelo cumprimento de tão bela missão.
     Abaixo, um texto de um Jornal que publica o desencarne de Allan Kardec:

O Desencarne de Allan Kardec noticiado pelo "Le Journal Paris"  


Aquele que, por tanto tempo, figurou no mundo científico e religioso sob o pseudônimo de Allan Kardec, chamava-se Rivail e morreu aos 65 anos.

Vimo-lo deitado num simples colchão, no meio daquela sala das sessões que há longos anos presidia; vimo-lo com o rosto calmo, como se extinguem aqueles a quem a morte não surpreende, e que, tranqüilo quanto ao resultado de uma vida vivida honesta e laboriosamente, deixam como que um reflexo da pureza de sua alma sobre esse corpo que abandonam à matéria.

Resignados pela fé numa vida melhor e pela convicção da imortalidade da alma, numerosos discípulos foram dar um último olhar a esses lábios descorados que, ainda ontem, lhes falava a linguagem da Terra. Mas já tinham a consolação do além-túmulo; o Espírito de Allan Kardec viera dizer como tinha sido o seu desprendimento, quais as suas impressões primeiras, quais de seus predecessores na morte tinham vindo ajudar sua alma a desprender-se da matéria. Se “o estilo é o homem”, os que conheceram Allan Kardec vivo só podiam comover-se com a autenticidade dessa comunicação espírita.

A morte de Allan Kardec é notável por uma coincidência estranha. A Sociedade formada por esse grande vulgarizador do Espiritismo acabava de chegar ao fim. O local abandonado, os móveis desaparecidos, nada mais restava de um passado que devia renascer sobre bases novas. Ao fim da última sessão, o presidente tinha feito suas despedidas; cumprida a sua missão, ele se retirava da luta diária para se consagrar inteiramente ao estudo da Filosofia Espiritualista. Outros, mais jovens - os valentes - deviam continuar a obra, e fortes na sua virilidade, impor a verdade pela convicção.

Que adianta contar detalhes da morte? Que importa a maneira pela qual o instrumento se quebrou e porque consagrar uma linha a esses restos integrados no imenso movimento das moléculas? Allan Kardec morreu na sua hora. Com ele fechou-se o prólogo de uma religião vivaz que, irradiando cada dia, em breve terá iluminado a Humanidade. Ninguém melhor que Allan Kardec poderia levar a bom termo essa obra de propaganda, à qual era preciso sacrificar as longas vigílias que nutrem o espírito, a paciência que ensina continuamente, a abnegação que desafia a tolice do presente para só ver a radiação do futuro.

Por suas obras, Allan Kardec terá fundado o dogma pressentido pelas mais antigas sociedades. Seu nome, estimado como o de um homem de bem, é desde muito tempo vulgarizado pelos que crêem e pelos que temem. É difícil realizar o bem sem chocar os interesses estabelecidos.

O Espiritismo destrói muitos abusos; - também reergue muitas consciências doloridas, dando-lhes a convicção da prova e a consolação do futuro.

Hoje os espíritas choram o amigo que os deixa, porque o nosso entendimento, demasiado material, por assim dizer, não se pode dobrar a essa idéia da passagem. Mas, pago o primeiro tributo à inferioridade do nosso organismo, o pensador ergue a cabeça, e para esse mundo invisível, que sente existir além do túmulo, estende a mão ao amigo que se foi, convencido de que seu Espírito nos protege sempre.

O Presidente da Sociedade de Paris morreu, mas o número dos adeptos cresce dia a dia, e os valentes, cujo respeito pelo mestre os deixava em segundo plano, não hesitarão em se afirmar, para o bem da grande causa.

Esta morte, que o vulgo deixará passar indiferente, é um grande fato na história da Humanidade. Este não é apenas o sepulcro de um homem; é a pedra tumular enchendo o vazio imenso que o Materialismo havia cavado sob os nossos pés, e sobre o qual o Espiritismo espalha as flores da esperança.

Pagès de Noyez - Le Journal Paris - 3/4/1869Retirado do site "Página Espírita".

sexta-feira, 30 de março de 2012

Desaparecimento do Corpo de Jesus

     O desaparecimento do corpo de Jesus após sua morte há sido objeto de inúmeros comentários. Atestam-no os quatro evangelistas, baseados nas narrativas das mulheres que foram ao sepulcro no terceiro dia depois da crucificação e lá não o encontraram. Viram alguns, nesse desaparecimento, um fato milagroso, atribuindo-o outros a uma subtração clandestina.
     Segundo outra opinião, Jesus não teria tido um corpo carnal, mas apenas um corpo fluídico; não teria sido, em toda a sua vida, mais do que uma aparição tangivel; numa palavra: uma espécie de agênre. Seu nascimento, sua morte e todos os atos materiais de sua  vida teriam sido apenas aparentes. Assim foi que, dizem, seu corpo, voltado ao estado fluidico, pode desaparecer do sepulcro e com esse mesmo corpo é que ele se teria mostrado depois de sua morte.
     É fora de dúvida que semelhante fato não se pode considerar radicalmente impossivel, dentro do que hoje se sabe acerca das propriedades dos fluidos; mas, seria, pelo menos, inteiramente excepcional e em formal oposição ao caráter dos agêneres. (Cap XIV, nº 36) Trata-se, pois, de saber se tal hitótese é admissível, se os fatos a confirmam ou contradizem.
    A estada de Jesus na Terra apresenta dois períodos: o que precedeu e o que se seguiu à sua morte. No primeiro, desde o momento da concepção até o nascimento, tudo se passa, pelo que respeita à sua mãe, como nas condições ordinárias da vida. Desde o seu nascimento até a sua morte, tudo, em seus atos, na sua linguagem e nas diversas circunstâncias da sua vida, revela os caracteres inequivocos da corporeidade. São acidentais os fenômenos de ordm psíquica que nele se produzem e nada têm de anômalos, pois que se explicam pelas propriedades do perispírito e se dão, em graus diferentes, noutros individuos. Depois de sua morte, ao contrário, tudo nele revela o ser fluidico. É tão marcada a diferença entre os dois estados, que não podem ser assimilados.
    O corpo carnal tem as propiedades inerentes à matéria propriamente dita, propriedades que diferem essencialmente das dos fluidos etéreos; naquela, a desorganização se opera pela ruptura da coesão molecular. Ao penetrar no corpo material, um instrumento cortante lhe divide os tecidos; se os órgãos essenciais à vida são atacados, cessa-lhes o funcionamento e sobrevém a morte, isto é, a do corpo. Não existindo nos corpos fluidicos essa coesão, a vida aí já não repousa no jogo de órgãos especiais e não se podem produzir desordens análogas àquelas. Um instrumento cortante ou outro qualquer penetra num corpo fluidico como se penetrasse numa massa de vapor, sem lhe ocasionar qualquer lesão. Tal a razão por que os seres fluidicos, designados pelo nome de agêneres, não podem ser mortos.
    Após o suplicio de Jesus, seu corpo se conservou ineste e sem vida; foi sepultado como o são de ordinário os corpos e todos o puderam ver e tocar. Após a sua ressurreição, quando quis deixar a Terra, não morreu de novo; seu corpo se elevou, desvaneceu e desapareceu, sem deixar qualquer vestígio, prova evidente de que aquele corpo era de natureza diversa da do que pereceu na cruz; donde forçoso é concluir que, se foi possível que Jesus morresse, é que carnal era o seu corpo.
    Por virtude das suas propriedades materiais, o corpo carnal é a sede das sensações e das dores fisicas, que repercutem no centro sensitivo ou Espírito. Quem sofre não é o corpo, é o Espírito recebendo o contragolpe das lesões ou alterações dos tecidos orgânicos. Num corpo sem Espírito, absolutamente nula é a sensação. Pela mesma razão, o Espírito, sem corpo material, não pode experimentar os sofrimentos, visto que estes resultam da alteração da matéria, donde também forçoso é se conclua que, se Jesus sofreu materialmente, do que não se pode duvidar, é que ele tinha um corpo material de natureza semelhante ao de toda gente.
     Aos fatos materiais juntam-se fortissimas considerações morais.
     Se as condições de Jesus, durante a sua vida, fossem as dos seres fluidicos, ele não teria experimentado nem a dor, nem as necessidades do corpo. Supor que assim haja sido é tirar-lhe o mérito da vida de privações e de sofrimento que escolhera, como exemplo de resignação. Se tudo nele fosse aparente, todos os atos de sua vida, a reiterada predição de sua morte, a cena dolorosa do Jardim das Oliveiras, sua prece a Deus para que lhe afastasse dos lábios o cálice de amarguras, sua paixão, sua agonia, tudo, até ao último brado, no momento de entregar o Espírito, não teria passado de vão simulacro, para enganar com relação à sua natureza e fazer crer num sacrificio ilusório de sua vida, numa comédia indigna de um homem simplesmente honesto, indigna, portanto, e com mais forte razão de um ser tão superior. Numa palavra: ele teria abusado da boa-fé dos seus contemporâneos e da posteridade. Tais as consequências lógicas desse sistema, consequências inadmissíveis, porque o rebaixariam moralmente, em vez de o elevarem. Jesus, pois, teve, como todo homem, um corpo carnal e um corpo fluidico, o que é atestado pelos fenômenos materiais e pelos fenômenos psíquicos que lhe assinalaram a existência.
      Não é nova essa idéia sobre a natureza  do corpo de Jesus. No quarto século,  Apolinário, de Laodicéia, chefe da seita dos apolinaristas, pretendia que Jesus não tomara um corpo como o nosso, mas um corpo impassível, que descera do céu ao seio da santa Virgem e que não nascera dela; que assim, Jesus não nascera, não sofrera e não morrera, senão em aparência. Os apolinaristas foram anatematizados no concílio de Alexandria, em 360; no de Roma, em 374; e no de Constantinopla, em 381.
      Tinha a mesma crença os Docetas (do grego dokein, aparecer), seita numerosa dos Gnósticos, que subsistiu durante os três primeiros séculos.
A Gênese, Cap XV - Itens 64 à 67.

DIVALDO PEREIRA FRANCO



Há 65 anos atrás, exatamente no dia 27 de março de 1947, o médium e orador Divaldo Pereira Franco, realizava sua primeira palestra na cidade de Aracaju, Sergipe.



quarta-feira, 28 de março de 2012

Fundação da Sociedade de Estudos Espírita de Paris

1º DE ABRIL DE 1858
     Se bem que não haja aqui nenhum fato de previsão, menciono, para memória, a fundação da Sociedade, por causa do papel que desempenhou na marcha do Espiritismo, e das comunicações ulteriores às quais deu lugar.
Em torno de seis meses depois, tinha em minha casa, rua dos Martyrs, uma reunião de alguns adeptos, todas as terças-feiras. O principal médium era a Srta. Dufaux. Se bem que o local não pudesse conter senão 15 a 20 pessoas, às vezes nele se encontravam até 30. Essas reuniões ofereciam um grande interesse pelo seu caráter sério, e a alta importância das questões que ali eram tratadas; freqüentemente, viam-se ali príncipes estrangeiros e outras personagens de distinção.
     O local, pouco cômodo pela sua disposição, evidentemente, tornou-se muito exíguo. Alguns, dos freqüentadores, propuseram se cotizar para alugar um mais conveniente. Mas, então, tornava-se necessário ter uma autorização legal, para evitar de ser atormentado pela autoridade. O Sr. Dufaux, que conhecia pessoalmente o Prefeito de polícia, se encarregou de pedi-la. A autorização dependia também do Ministro do Interior, que era então o general X… que era, sem que o soubéssemos, simpático às nossas idéias, sem conhecê-las completamente, e com a influência do qual a autorização que, seguindo uma fieira comum, teria exigido três meses, foi obtida em quinze dias.
     A Sociedade foi, então, regularmente constituída e se reunia todas as terças-feiras, no local que alugara no Palais Royal, galeria de Valois. Ali permaneceu um ano, de 1º de abril de 1858 a 1º de abril de 1859. Não podendo ali permanecer por mais tempo, se reunia, todas as quartas-feiras, num dos salões do restaurante Douix, no Palais Royal, galeria Montpensier, de 1º de abril de 1859 a 1º de abril de 1860, época em que ela se instalou num local próprio, rua e passagem Sainte Anne, 59.
     A Sociedade, formada, no princípio, de elementos pouco homogêneos e de pessoas de boa vontade que eram aceitas com relativa facilidade, teve que sofrer numerosas vicissitudes, que não foram um dos menos penosos embaraços de minha tarefa.
Allan Kardec-Revista Espirita - 1858

segunda-feira, 26 de março de 2012

RECEITA CONTRA O EGOÍSMO

1 - Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.
2 - Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.
3 - Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.
4 - Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertencem, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.
5 - Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.
6 - Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.
7 - Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu figado e a sua cabeça contra a intemperança mental.
8 - Abandone a toda espécie de critica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.
9 - Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversas da sua, para viverem na Terra com o necessário equilibrio.
10 - Honre a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares, através do rigoroso desmpenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao Mundo e à Humanidade, hoje e sempre.

André Luiz - Do Livro "Marcas do Caminho". Psicografia: Chico Xavier.
"(...) O Egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra deve ser alvo de todos os esforços do homem, se ele deseja assegurar a sua felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro".
O Livro dos Espíritos - Capítulo 12

domingo, 25 de março de 2012

EXPOSIÇÃO DO EVANGELHO


- DIA 27 DE MARÇO DE 2012, 3ª FEIRA - 19:00 Horas   
   - Tema: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO.
   - EXPOSITOR: SOUSA. 
- DIA 29 DE MARÇO DE 2012, 5ª FEIRA - 19:00 Horas
   - Tema: O ESPIRITO EM BUSCA DE PAZ
   - EXPOSITORA: VALDEREZ

PALESTRA PÚBLICA

- DIA 30 MARÇO DE 2012 - 6ª FEIRA - 19:00 Horas
  - TEMA: A MENSAGEM DA IMORTALIDADE
-Expositor: JOSELITO VERISSIMO.

ALIANÇA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO

A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo principio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Dai um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.
     São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta e elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e machando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistivel lógica dos fatos.
     A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vázio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de unão está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resisitir-lhe, em vez de o acompanharem. É toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as consequências: acarretará para as relações sociais inevitávei modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.
Item 8, Capítulo I - ESE 

sábado, 24 de março de 2012


 

Casamento e Divórcio

Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais.

A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades e entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.

Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, combinam encontro ou reencontro no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo, programa de obrigações regenerativas.

Reincorporados, porém, na veste física, se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos da convenção social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.

Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência.

Esposo e esposa reconhecem para logo que não são os donos exclusivos da empresa. Sogro e sogra, cunhados e tutores consangüíneos são também sócios comanditários, cobrando os juros do capital afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo na feição de interessados no ajuste, reclamando cotas de sacrifício.

O tempo que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quanto mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do espírito.

Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas.

Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um consórcio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.

Divulguemos o princípio da reencarnação e da responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que se destinam.

Compreendamos os irmãos que não puderem evitar o divórcio porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.

 

Waldo Vieira. Da obra: Sol nas Almas.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Treino para a Morte

      Preocupado com a sobrevivência além do túmulo, você pergunta, espantado, como deveria ser levado a efeito o treinamento de um homem para as surpresas da morte.
      A indagação é curiosa e realmente dá que pensar.
      Creia, contudo, que, por enquanto, não é muito fácil preparar tecnicamente um companheiro à frente da peregrinação infalível.
     Os turistas que procedem da Ásia ou da Europa habilitam futuros viajantes com eficiência, por lhes não faltarem os termos analógicos necessários. Mas nós, os desencarnados, esbarramos com obstáculos quase intransponíveis.
      A rigor, a Religião deve orientar as realizações do espírito, assim como a Ciência dirige todos os assuntos pertinentes à vida material. Entretanto, a Religião, até certo ponto, permanece jungida ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundez da alma.
      Importa considerar também que a sua consulta, em vez de ser encaminhada a grandes teólogos da Terra, hoje domiciliados na Espiritualidade, foi endereçada justamente a  mim, pobre noticiarista sem méritos para tratar de semelhante inquirição.
      Pode acreditar que não obstante achar-me aqui de novo, há quase vinte anos de contado, sinto-me ainda no assombro de um xavante, repentinamente trazido da selva mato-grossense para alguma de nossas universidades, com obrigação de filiar-se, de inopino, aos mais elevados estudos e às mais complicadas disciplinas.
      Em razão disso, não posso reportar-me senão ao meu próprio ponto de vista, com as deficiências do selvagem surpreendido junto à coroa da civilização.
      Preliminarmente,a dmito deva referir-me aos nossos antigos maus hábitos. A cristalização deles, aqui, é uma praga tiranizante.
       Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de perco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caipós, que se devoravam uns aos outros.
      Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão. Tenho visto muitas almas de origem aparentemente primorosa, dispostas a trocar o próprio Céu pelo uísque aristocrático ou pela nossa cachaça brasileira.
      Tanto quanto lhe seja possível, evite os abusos do fumo. Infunde pena a angústia dos desencarnados amantes da nicotina.
       Não se renda à tentação dos narcóticos. Por mais aflitivas lhe pareçam as crises do estágio no corpo, aguente firme os golpes da luta. As vitimas da cocaína, da morfina e dos barbitúricos demoram-se largo tempo na cela escura da sede e da inércia.
       E o sexo? Guarde muito cuidado na preservação do seu equilibrio emotivo. Temos aqui muita gente boa carregando consigo o inferno rotulado de "amor".
       Se você possui algum dinheiro ou detém alguma posse terrestre, não adie doações, caso esteja realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto de nós, em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque.
       Em familia, observe cautela com testamentos. As doenças fulminatórias chegam de assalto, e, se a sua papeladada não estiver em ordem, você padecerá muitas humilhações, através de tribunais e cartórios.
       Sobretudo, não se apegue demasiado aos laços consaguíneos. Ame sua esposa, seus filhos e seus parentes com moderação, na certreza de que, um dia, você estará ausente deles e de que, por isso mesmo, agirão quase sempre em desacordo com a sua vontade, embora lhe respeitem a memória. Não se esqueça de que, no estado presente da educação terrestre, se alguns afeiçoados lhe registrarem a presença extraterrena, depois dos funerais, na certa intimá-lo-ão a descer aos infernos, recedando-lhe a volta inoportuna.
       Se você possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça. É horrivel a rsponsabilidade moral de quem já conhece o caminho, sem equilibrar-se dentro dele.
      Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer a todos. Convença-se de que se você não experimenta simpatia por determinadas criaturas, há muita gente que suporta você com muito esforço.
      Por essa razão, em qualquer circunstância, conserve o seu nobre sorriso.
      Trabalhe sempre, trabalhe sem cessar.
      O serviço é o melhor dissolvente de nossas mágoas.
      Ajude-se, através do leal cumprimento de seus deveres.
      Quanto ao mais, não se canse nem indague em excesso, porque, com mais tempo ou menos tempo, a morte lhe oferecerá o seu cartão de visita, impondo-lhe ao conhecimento tudo aquilo que, por agora, não lhe posso dizer.
Do Livro Cartas e Cronicas - Pelo Espírito Irmão X - Psicografia de Chico Xavier.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Limites da Encarnação

     Quais os limites da encarnação?
     A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que contitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundo mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluidico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispirito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
     O próprio perispirito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até a depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamam as missões que lhes estejam confiadas.
     Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundo inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua prurificação.
     Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto e, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. S. Luiz. (Paris, 1859).

ESE Cap IV, item 24.

sexta-feira, 16 de março de 2012

ABORTO

Diga SIM a vida e NÂO a qualquer ato que possa abreviar a vida.
- Questão 357 de O Livro dos Espíritos: "Que consequências tem para o Espírito o aborto?"
   "É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar."
- Questão 358 de O Livro dos Espíritos: "Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?"
   "Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando."
- Questão 359 de O Livro dos Espíritos: "Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?"
   "Preferivel é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe."
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     "De todos os institutos sociais existentes na Terra, a familia é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.
     É pela conjunção sexual entre o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no Planeta; em virtude disso, entre pais e filhos residem os mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma fisica, na face do orbe.
     Fácil entender que é assim justamente que nós, os espíritos eternos, atendedo aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do amor - do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.
     Com semelhantes notas, objetivamos tão-só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever.
     Habitualmente - nunca sempre - somos nós mesmos que planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquiteto e técnicos distintos.
     Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria.
     Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência. Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreesão e de auxilio, fazem-se hoje - e isso ocorre basta vezes, em todas as comunidades da Terra - inimigos recalcados que se nos entranham à vida intima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.
     Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamento de hospitais e prissões."
Emmanuel - Vida e Sexo, psicografia de Chico Xavier.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Palestra Pública

      Amanhã, dia 16 de março, as 19:00 horas, no C E Lar de Jesus, teremos a nossa Palestra Pública com a expositora GUANA que falará sobre AS MULHERES DO EVANGELHO. Fica o convite a todos.

As Quatro Leis da Caridade

     Existe quatro leis da caridade. Lei da reciprocidade, da semeadura, espiritualidade e de soberania. Fazer o bem é favorecer, auxiliar, não é apenas não fazer o mal. Seremos responsáveis pelo mal que vier do bem que não realizamos.
     Lei de Reciprocidade: Você quer o perdão, perdoe. Você que receber favor, faça favor. Você quer auxílio para seu filho, auxilie o filho do outro. Qual é a lei e os ensinamenos dos profetas? Mateus 7:12, diz: - Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
     Lei da Semeadura: Você só pode colher o que plantou. Semeie a bondade, o amor e a alegria e colherá os frutos da harmonia. A cada um segundo suas obras. Aquilo mesmo que plantar isto mesmo colherá. Gálatas 6:9, diz: - E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
     Lei de Espiritualidade: A quem muito foi dado muito será oedido. Quem sabe ou pode fazer o bem e não faz, ou não quer fazer o bem comete o mal. Tiago 4:17, diz: - Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.
     Lei de Soberania: Você vence o mal com o bem. O mal é passageiro e o bem é permanente na organização do Universo por Lei de Deus. Deus é o bem, Deus é o amor. Romanos 12:21, diz: - Não te deixe vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Rodrigues de Camargo. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Prevenção Contra o Suicídio

     Se a ideia perniciosa continua a torturar-te, mesmo que te sintas doente, refugia-te no trabalho possível, em que te mostre útil aos que te cercam.
     Quando a ideia de suicídio, porventura, te assome à cabeça, reflete, antes de tudo, na infinita Bondade de Deus, que te instalou na residência planetária, solidamente estruturada, a fim de sustentar-te a segurança no Espaço Cósmico.
     Em seguida, ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Divina Providência.
     Medita no amor e na necessidade daqueles corações que te usufruem a convivência. Ainda que não lhes conheças, de todo, o afeto que te consagram e embora a impossibilidade em que te reconheces para medir quanto vales para cada um deles, é razoável ponderes quantas lesões de ordem mental lhes causarias com a violência praticada contra ti mesmo.
     Se a ideia perniciosa continua a torurar-te, mesmo que te sintas doente, refugia-te no trabalho possível, em que te mostres útil aos que te cercam.
     Visita um hospital, onde consigas avaliar as vantagens de que dispõe, em confronto com o grande número de companheiros portadores de moléstias irreversíveis.
      Vai pessoalmente ao encontro de algum instituto beneficente, a que se recolhem irmãos necessitados de apoio total, para os quais alguns momentos de diálogos amigo se transformam em preciosa medicação.
     Lembra-te de alguém que saibas em penúria e busca avisar-te com esse alguém, procurando-lhe aliviar a carga de aflição.
     Comparece espontaneamente aos contatos com amigos reeducados que se encontram internados em presidios do seu conhecimento, de maneira a prestares a esse ou aquele algum pequenino favor.
      Não desprezes a leitura de alguma página esclarecedora, capaz de renovarte os pensamentos.
      Entrega-te ao serviço do bem ao próximo, qualquer que ele seja e faze empenho em esquecer-te, porque a voluntária destruição de tuas possibilidades físicas, não só representa um ato de desconsideração para com as bênçãos que te enriquecem a vida, como também será o teu recolhimento compulsório à intimidade de ti mesmo, no qual, por tempo indefinivel, permanecerás no envolvimento de suas próprias perturbações.
 Emmanuel/Chico Xavier - Pronto Socorro.

segunda-feira, 12 de março de 2012

ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPIRITA - ESDE

O Centro Espirita Lar de Jesus, com o intuito de colaborar na divulgação e concientização da Doutrina Espírita, inicia mais uma turma do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - ESDE.
Venha aprender um pouco mais da Doutrina Espírita aos sábados, as 16:30h.

domingo, 11 de março de 2012

A Escola do Coração

O Lar, na essência, é academia da alma.
Dentro dele, todos os sentimentos funcionam por matéria educativas.
A responsabilidade governa. A afeição inspira. O dever obriga. O trabalho soluciona.
A necessidade propõe. A cooperação resolve. O desafio provoca. A bondade auxilia.
A ingratidão espanca. O perdão balsamiza. A doença corrige. O cuidado preserva.
O egoísmo aprisiona. A renuncia liberta. A ilusão ensombra. A dor ilumina. A exigência destrói. A humildade refunde. A luta renova. A experiência edifica.
Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração, erguendo entes amados à condição de professores do espírito.
E somente nela conseguimos compreender que as diversas posições afetivas, que adotamos na esfera convencional, são apenas caminhos para a verdadeira fraternidade que nos irmana a todos, no amor puro, em sagrada união, diante de Deus.
Seara dos Médiuns - Emmanuel - Chico Xavier



segunda-feira, 5 de março de 2012

Os Espíritos podem revelar o futuro?

Os Espíritos só conhecem o futuro em razão de sua elevação. Os inferiores nem o seu próprio futuro conhecem; e, com mais forte razão, ignoram o dos outros. Os Espíritos superiores o conhecem, mas nem sempre lhes é permitido revelá-lo. Em princípio e por um sábio desígnio da Providência, o futuro nos deve ser oculto. Se o conhecêssemos, nosso livre arbítrio seria entravado.

A certeza do êxito nos tiraria a vontade de fazer qualquer coisa, porque não veríamos a necessidade de nos darmos a esse trabalho; a certeza de uma desgraça nos desencorajaria. Contudo, casos há em que o conhecimento do futuro pode ser útil; entretanto, jamais poderemos ser juízes de tais casos. Os Espíritos no-los revelam quando o julgam conveniente e quando têm a permissão de Deus. Então o fazem espontaneamente, e nunca a nosso pedido. Devemos esperar a oportunidade com confiança e, sobretudo, não insistir no caso de recusa, pois do contrário arriscar-nos-íamos a tratar com Espíritos levianos, que se divertem à nossa custa.

Escrito por Allan Kardec na Revista Espírita -segundo ano - 1859

domingo, 4 de março de 2012

O EDUCADOR E O JOVEM

"Há uma reação muito comum entre os adultos para com a juventude: é um desprezo autoritário, que se revela em frases como: "ele não sabe nada da vida", "é ainda um moleque", " ainda tem muito o que aprender". Essa falta de respeito para com a dignidade do jovem, que é também um ser humano, com direito a ter opiniões próprias, e que tem idade espiritual que não corresponde necessariamente à do corpo, revela no fundo grande despeito. Muita gente, já às portas da velhice, sente irresistível inveja da mocidade. Não se conformam de já terem perdido a sua, não se desapegam de certos prazeres e desejos, que já deveriam ter sublimado a certa altura da existência e sentem raiva cega daqueles que podem usufruí-los. Sua visão da mocidade é distorcida; trata-se para eles de um período de aproveitar a vida, atirando-se sofregamente a toda espécie de futilidades e prazeres, sem qualquer noção de responsabilidades". ¹
Tal consideração que a educadora Dora Incontri faz em sua obra "A Educação Segundo o Espiritismo", demonstra que a grande maioria dos adultos ignora a real importância da fase juvenil para o Espírito. Aliás, provavelmente, esquecem-se que aquele ser humano só é jovem na aparência física, pois sendo Espírito imortal é multimilenar. Muitas vezes tem uma sabedoria muito maior sobre a Vida do que aqueles que se encontram na fase adulta, traz agasalhado na acústica da alma noções de responsabilidade e dever, que muitos não conseguirão adquirir nem mesmo no final da existência atual e na consciência já possui diretrizes morais que servirão de parâmetros para toda uma jornada de realizações no Bem. 
Esse é o período em que o Espírito exercitará a vontade em busca da autonomia. A necessidade de estabelecer uma identidade sobre ideais próprios e um senso único de si são os mais importantes. O maior desestímulo que uma pessoa pode fazer a um jovem será o ridículo. Isso se consegue, muitas vezes, com o simples pronunciar de frases como aquelas no começo do texto. Quando o jovem se sente ridicularizado sua auto-estima fica abalada. Pode provocar um comportamento de rebeldia, podendo também aparece o sarcasmo e o cinismo.
Há ainda no final desse período o reconhecimento maduro da capacidade de pensar por si mesmo. Eis porque o jovem deve ser convidado a pensar, raciocinar e refletir sobre a Vida nos seus mais diversos aspectos, demonstrando-lhe que ele é o mais importante, o mais responsável e o maior herdeiro dela.
É importante a compreensão de que aquele Espírito que ora encontra-se manifestando em um corpo jovem é alguém que possui dentro de si, adquiridas ao longo das reencarnações, experiências das mais variadas :vitórias e derrotas, êxitos e frustrações, sentimentos felizes e infelizes, virtudes e vícios, alegrias e decepções, entre outras coisas. Respeitá-lo (opiniões, idéias, jeito de se vestir...) e propiciar um ambiente saudável (acolhedor, alegre, dinâmico...) para que possa se manifestar e ser estimulado a renovar os sentimentos que lhe traz dissabores é um dos objetivos da Mocidade Espírita, possibilitando a ele a sua identificação como Ser imortal que é.
No entanto, para que tal fato ocorra é necessário que o evangelizador se encontre sinceramente interessado em trabalhar consigo – é preciso ter humildade, alegria, ideais e motivações nobres...- para que possibilite ao jovem desenvolver-se e expressar-se, não sendo ele (o evangelizador) uma figura repressora e autoritária, copiando, assim, estruturas que são encontradas pelos jovens no seio familiar, na escola, no trabalho e em tantos outros lugares.
Eis porque a Mocidade Espírita é precioso instrumento de apoio ao Espírito nessa fase como jovem fisicamente falando, para que possa deixar desabrochar toda sua potencialidade de filho de Deus, tendo condições de cumprir sua programação reencarnatória.
A partir dos próximos meses, estaremos mensalmente juntos. Caso você queira saber mais a respeito da nossa mocidade ou estudar conosco – aos sábados, das19:00 às 20:00 horas,ser - nos - á isso um enorme prazer e uma alegria muito grande. Pela Mocidade,
¹ Incontri, Dora –A Educação Segundo o Espiritismo –1º Edição, págs 56 e 57.