segunda-feira, 19 de março de 2012

Limites da Encarnação

     Quais os limites da encarnação?
     A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que contitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundo mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluidico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispirito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
     O próprio perispirito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até a depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamam as missões que lhes estejam confiadas.
     Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundo inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua prurificação.
     Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto e, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. S. Luiz. (Paris, 1859).

ESE Cap IV, item 24.

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