Os Espíritos só conhecem o futuro em razão de sua elevação. Os inferiores nem o
seu próprio futuro conhecem; e, com mais forte razão, ignoram o dos outros. Os
Espíritos superiores o conhecem, mas nem sempre lhes é permitido revelá-lo. Em
princípio e por um sábio desígnio da Providência, o futuro nos deve ser oculto.
Se o conhecêssemos, nosso livre arbítrio seria entravado.
A certeza do
êxito nos tiraria a vontade de fazer qualquer coisa, porque não veríamos a
necessidade de nos darmos a esse trabalho; a certeza de uma desgraça nos
desencorajaria. Contudo, casos há em que o conhecimento do futuro pode ser útil;
entretanto, jamais poderemos ser juízes de tais casos. Os Espíritos no-los
revelam quando o julgam conveniente e quando têm a permissão de Deus. Então o
fazem espontaneamente, e nunca a nosso pedido. Devemos esperar a oportunidade
com confiança e, sobretudo, não insistir no caso de recusa, pois do contrário
arriscar-nos-íamos a tratar com Espíritos levianos, que se divertem à nossa
custa.
Escrito por
Allan Kardec na Revista Espírita -segundo ano - 1859
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